quinta-feira, abril 05, 2007
Esse é um país que vai pra frente...
A melhor maneira de não resolver um problema é não saber identificar problemas. Nisso somos craques. A questão da violência urbana toma as manchetes do jornal com todo alarmismo de classe média, mas pouco se tem a dimensão real do problema, da guerra fratricida que vivemos e de quem realmente paga o preço por ela. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, 4638 pessoas morreram em Pernambuco no ano passado . De janeiro a março de 2007, 1238 cidadãos brasileiros foram vítimas de homicídio em Pernambuco.
O fato é assustador porque estamos falando das estatística de UM único estado no Brasil. Será que temos a real dimensão do problema? Matamos 4000 pobres por ano no estado de Pernambuco e vivemos como se não entendessemos a magnitude de tal absurdo. Será, no entanto, que compreendemos o que está passando entre nós?
Para se ter uma idéia, de 29 de setembro de 2000 a 28 de fevereiro de 2007, 4070 palestinos foram assassinados no Conflito Israel-Palestina (http://www.ifamericansknew.org/stats/deaths.html). Em Pernambuco, em um ano, mais brasileiros são mortos do que palestinos em 7 anos. E a comunidade internacional, com toda justiça, considera a situação na Palestina inaceitável.
Na Guerra do Iraque morreram 3259 soldados americanos (http://icasualties.org/oif/) desde o início da guerra. Se pensarmos na quantidade de iraquianos mortos durante o ano de 2006, chegamos a um número terrível: 18.000. Bem, mas no Brasil, só em 2004, morreram 48.378 pessoas, o que dá mais de duas guerras do Iraque(http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,AA1352380-5598,00.html) .
Algumas questão que nunca são respondidas podem ser feitas: Quem são os 4600 mortos por ano em Pernambuco? A que classe social pertecem? Como a morte deles foi representada nos jornais? Com alivio? Com indiferença? Quantos tiveram passeata pra conclamar a paz (como se essa fosse conquistada em decorrência de uma convergência de pensamentos positivos) depois que morreram? Quais são as vozes de luto numa sociedade em guerra como a nossa?
A melhor maneira de não resolver um problema é não saber identificar problemas. Nisso somos craques. A questão da violência urbana toma as manchetes do jornal com todo alarmismo de classe média, mas pouco se tem a dimensão real do problema, da guerra fratricida que vivemos e de quem realmente paga o preço por ela. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, 4638 pessoas morreram em Pernambuco no ano passado . De janeiro a março de 2007, 1238 cidadãos brasileiros foram vítimas de homicídio em Pernambuco.
O fato é assustador porque estamos falando das estatística de UM único estado no Brasil. Será que temos a real dimensão do problema? Matamos 4000 pobres por ano no estado de Pernambuco e vivemos como se não entendessemos a magnitude de tal absurdo. Será, no entanto, que compreendemos o que está passando entre nós?
Para se ter uma idéia, de 29 de setembro de 2000 a 28 de fevereiro de 2007, 4070 palestinos foram assassinados no Conflito Israel-Palestina (http://www.ifamericansknew.org/stats/deaths.html). Em Pernambuco, em um ano, mais brasileiros são mortos do que palestinos em 7 anos. E a comunidade internacional, com toda justiça, considera a situação na Palestina inaceitável.
Na Guerra do Iraque morreram 3259 soldados americanos (http://icasualties.org/oif/) desde o início da guerra. Se pensarmos na quantidade de iraquianos mortos durante o ano de 2006, chegamos a um número terrível: 18.000. Bem, mas no Brasil, só em 2004, morreram 48.378 pessoas, o que dá mais de duas guerras do Iraque(http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,AA1352380-5598,00.html) .
Algumas questão que nunca são respondidas podem ser feitas: Quem são os 4600 mortos por ano em Pernambuco? A que classe social pertecem? Como a morte deles foi representada nos jornais? Com alivio? Com indiferença? Quantos tiveram passeata pra conclamar a paz (como se essa fosse conquistada em decorrência de uma convergência de pensamentos positivos) depois que morreram? Quais são as vozes de luto numa sociedade em guerra como a nossa?
