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sábado, fevereiro 28, 2004

PAIXÃO DE CRISTO - OU INDO PARA O AÇOUGUE COM MEL GIBSON...

Ontem assisti a Paixão de Cristo de Mel Gibson. Na fila do cinema havia uma placa enorme - não sei se era da direção do cinema ou se de alguma agência reguladora da censura dos filmes nos EUA - que dizia: WARNING! This movie is very violent. This movie is not for squeamish. "Squeamish" quer dizer "pessoalmente facilmente nauseada"...pessoas que se sentem pouco à vontade com cenas de violência. O filme é pesado mesmo. Muito violento. Jesus apanha até não poder mais. Fica deformado. É chicoteado, humilhado, pisoteado e tudo que se possa imaginar. Não vou entrar no mérito se Gibson seguiu ou não as escrituras sagradas - já que é sabido
haver mais de uma versão para a paixão de Cristo.

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Uma coisa curiosa no filme é a presença de Satanás. Vez por outra o tinhoso aparece no filme, questionando Cristo, perseguindo Judas, ou apenas assistindo às cenas de sofrimento de Cristo. Já Pilatos é retratado como se fosse um homem muito prudente, angustiado por dúvidas e agindo apenas por mero pragmatismo.
Não achei que o filme fosse anti-semita, como tanto se propagou na mídia.

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O que eu destacaria desse filme em comparação a outros já produzidos sobre o mesmo assunto? O filme é muito realista. Ele usa todos os recursos do cinema moderno para dramatizar o sofrimento físico de Jesus Cristo. Certamente deve ganhar prêmios de maquiagem, pois as feridas de Cristo são muito "bem feitas".

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Como falei, o foco do filme é o sofrimento. Não espere sair recompensado por uma mensagem de esperança e redenção. Eu diria que ressureição de Cristo aparece só para constar, o que é mais uma prova de que a estrutura do filme foi montada para chamar a atenção do espectador para outros aspectos.

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Para resumir, o filme de Mel Gibson é uma paixão de Cristo feito pelo mainstream do cinema americano: filme muito bem feito tecnicamente, enfatizando bastante a violência e sem nenhuma sutileza - sem nenhuma mensagem mais profunda ou filosófica.

sexta-feira, fevereiro 27, 2004

POR QUE NÃO ME UFANO DO MEU PAÍS...

Os pró-reitores de pós-graduação no Brasil estão lutando pelo aumento da bolsa de mestrado e doutorado na CAPES. O CNPq aumentou a bolsa, depois de dez anos de congelamento. Para se ter uma idéia, a bolsa de mestrado há dez anos atrás equivalia a DEZ salários mínimos. Hoje não passa de TRÊS. Lembro na época em que era bolsista do PET, ganhava dois salários mínimos (240 reais). Hoje isso não vale mais nada. A bolsa de mestrado, hoje, no Brasil tem o valor de 725 reais e a de doutorado 1072 reais. Se fosse corrigido pelo IGP dos últimos dez anos, os bolsistas de pós-graduação deveriam receber, respectivamente, 2000 e 2900 reais. Vejo essa situação, somado ao estado de penúria no qual se encontra nossa universidade pública, e fico muito triste com o Brasil. É triste ver um país como o nosso gastando dinheiro e trabalho para pagar a banca internacional, enquanto nossos bolsistas - os futuros professores e pesquisadores desse país - não recebem estímulo nenhum para continuarem sua caminhada no conhecimento. É um baita investimento pessoal, dedicar seis a oito anos de sua vida para se aperfeiçoar nos estudos e ficar recebendo menos de 300 dólares por mês. Viver de idéias e de pesquisa no Brasil virou ato de heroísmo - de gente que ama e se dedica ao que faz, sem o reconhecimento devido. Admiro muito esses heróis anônimos nessa terra devastada chamada Brasil.

Para mais informação, clique aqui

ENGENHEIRO LITERÁRIO

Essa é pro meu amigo Ram. Ram , além de ser uma mente brilhante e genial, é um dos meus melhores amigos aqui no exílio californiano. Como bom engenheiro, Ram acha que a humanidade está dividida entre engenheiros e não-engenheiros. Os últimos sendo carregados pelos primeiros. Como eu sou um antípoda do engenheiro, vez por outra sou alvo da ironia de meu amigo. Por isso que resolvi postar esse artigo de Franco Moretti, que é professor de literatura comparada aqui em Stanford. Moretti estuda romances através de modelos estatísticos. Na verdade, diria que Moretti faz uma sociologia quantitativista da literatura, ao invés de crítica literária propriamente dita. Mas para os curiosos, vale a pena conferir esse artigo saído na última New Left Review.

quarta-feira, fevereiro 25, 2004

AGGIORNAMENTO
Um político pernambucano, da época da Regência, chamado Holanda Cavalcanti de Albuquerque, cunhou uma frase que se tornou famosa na época do Império: Não existe nada mais parecido com um saquarema do que uma luzia no poder. Saquarema era o apelido do Partido Conservador. E luzia, do Partido Liberal. Se Holanda Cavalcanti estivesse vivo poderia reelaborar a frase: não existe nada mais parecido com um tucano do que um petista no poder. Não é vero?

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Assisti a Big Fish. Muitos consideram o filme um besteirol. Eu adorei. Uma verdadeira homenagem aos contadores de história, aos exercícios da imaginação muitas vezes sacrificados quando se deixa a infância, e uma bela abordagem sobre as relações conflituosas, silenciosas, complexas entre pais e filhos.

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Hoje a Califórnia amanheceu sob um dilúvio. Em San Francisco, houve as piores enchentes dos últimos doze anos. Quanto a mim, fiquei na cama, escutando a ventania zunindo na fresta da janela (adoro esse verbo:zunir) e o toró batendo no vidro da janela. Quando me levantei a chuva já tinha passado e o sol já dava sinal de sua graçaa.

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O noticiário econômico americano só fala de "outsourcing". Que quer dizer, terceirizaçã0o. Mas a terceirização que eles tanto falam é a que ocorre na divisão internacional de trabalho. Só para se ter idéia, um empresário americano paga 60 dólares por hora aqui nos EUA para um profissional de informática trabalhar no desenvolvimento de um software. Na India, o mesmo profissional recebe 6 dólares. O assunto entrou na pauta da eleição. O próprio governo proibiu que instituições do estado americano realizem essa prática. Alega estar defendendo o emprego dos americanos. A India já ficou nervosa, temendo que o governo americano desestimule empresas americanas a fazerem, o que eles chamam de "práticas anti-globalização".

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Enquanto isso no Brasil, ninguém sabe qual é política de emprego do governo. Talvez essa não seja a prioridade. De qualquer forma, a família Setubal (do banco Itaú) agredece a todos pelo maior lucro dos últimos anos.

VEGANS

Essa vai entrar para o rol das típicas coisas de Berkeley: os vegans. Os vegans são os xiitas, a extrema-esquerda do vegetarianismo. Os vegans não comem carne, nem nenhum derivado de produto que venha de algum animal. Por exemplo, não comem nada com leite, ou derivado do leite. Não comem pizza (por causa do queijo), nem chocolate (por causa do leite) nem tantas outras coisas mais. Nem mesmo mel - porque vem das abelhinhas - os vegans comem.

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Quando eu morava no Recife, acho que só conheci uma vegetariana. É muito difícil ser vegetariano numa terra que lhe convida o tempo todo para churrasco, cozido, carne de sol, frutos do mar, peixadas, etc. Quando fui para S. Paulo, fiquei impressionado com a preocupação das pessoas com a chamada "alimentação saudável". Lá comecei a comer mais salada, por exemplo, algo que eu não comia muito no Recife. Quando cheguei em Berkeley, pude ver não apenas a preocupação com alimentação, mas a quase obsessão com o assunto. Cheguei em plena era da "organic food"- ou seja, comida produzida sem agrotóxicos. Os californianos se orgulham do leite do estado, pois aqui as vaquinhas não podem tomar hormônios que estimulem a produção de leite. O leite é "natural", portanto "organic milk". Na verdade, há toda uma revolta contra o padrão industrializado de alimentação. Aqui nos EUA, compra-se um suco de laranja e pode-se ler na etiqueta do produto que há apenas 1% de laranja naquele suco. É contra isso que Berkeley com sua "organic culture" se ergue.

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O romantismo político dos anos 60 cedeu espaço para esse último laivo de romantismo - o alimentar. A tentativa do homem se conciliar com a natureza através de seu estômago.

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Enquanto isso, fico sonhando com a comida brasileira. As tapiocas quentinhas que minha avó prepara tão bem. Bolo de milho, bolo de macaxeira. Carne de sol. Pirão de queijo. Cozido. Língua. Feijão preto com arroz e farinha. Macarrão com feijão preto e farinha. Agulha frita. Picanha com farofa. Suco de manga. Água de coco na Jaqueira.
Minha principal nostalgia é a culinária. É minha tentativa de me conciliar com o Brasil através do estômago, ou melhor, do paladar.

domingo, fevereiro 22, 2004

PAIXÃO DE CRISTO

Mel Gibson está lançando o seu filme sobre a Paixão de Cristo. O filme parece ser impressionante pela pretensa fidelidade ao contexto da época de Cristo. Afinal, as falas do filme são em aramaico e latim. No entanto, os judeus aqui nos EUA já estão se movimentando para criticar o fime que, segundo eles, alimentará uma nova onda de anti-semitismo no país. Para esses judeus, o filme de Gibson, longe dessa alardeada fidelidade à Bíblia, inventa coisas que não estão nos textos sagrados, só para dar uma cutucadinha dos judeus.
Apesar de Gibson ser um católico tradicionalíssimo, o filme está sendo muito difundido pelos evangélicos americanos. O que eu nunca entendi das pessoas que acusam os judeus de ter mandado matar Cristo é: se, para os cristãos, Cristo tinha que morrer para salvar o mundo, e se o sacrifício de Cristo é o grande gesto de redenção da humanidade, por que ficar com essa mentalidade de delegado de policia pra querer saber quem matou Cristo e perseguir as pessoas por isso? Não é uma contradição "teológica" desses cristãos? Afinal, se Cristo ressuscita no final, por que ficar se preocupando com algo tão pequeno e mesquinho?




PAÍS DE MILICOS

Ninguém pode subestimar a força que o aparato militar tem nos EUA. Lendo a Newsweek dessa semana - que compara as trajetórias militares de George W. Bush e John Kerry - percebe-se o quanto esse é um país de milicos (ou mentalidade milica). O quanto o serviço militar tem um prestígio que parece ser um divisor-de-águas no currículo de um político. Para ser mais preciso, deve-se apontar que esse prestígio foi restaurado nos últimos quatro anos de Bush. Pois, como sabemos, Bill Clinton foi eleito em 1992 sem problemas, mesmo tendo queimado sua convocação para o Exército, na década de 60. Agora o grande trunfo dos democratas é a ficha militar de John Kerry, que lutou no Delta do Mekong, enquanto Bush era piloto da Guarda Nacional do Texas, defendendo o Texas de Oklahoma, como brincam os adversários do presidente americano. De qualquer maneira, esse tipo de discurso mostra como o debate político nos Estados Unidos regrediu nos últimos anos. E não deixa de ser irônico, que George Bush, o presidente de Guerra, o presidente-guerreiro, esteja sendo criticado e derrotado na própria esfera de valores que tanto enalteceu nos anos de sua presidência.


segunda-feira, fevereiro 16, 2004

BICHEIROS, MENTIRAS E VIDEOTAPE...

Passei três dias sem ler jornal. Quando voltei para cá, fiquei sabendo do escândalo Waldomiro. De fato, lamentável, muito lamentável.

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Ou como diria Hamlet: há algo de podre no Reino da Dinamarca, ou melhor, na República tupiniquim. Pode ser que tudo seja uma grande conspiração contra o PT, mas só nos últimos anos, ficamos sabendo de algumas coisas como: o envolvimento do PT gaúcho com os bicheiros de lá; as denúncias de Santo André, segundo as quais um esquema de propina fornecia dinheiro para campanhas do PT. Além disso, sabe-se que José Dirceu, através de seu assessor Waldomiro, queria legalizar o jogo de bingos. Alguns procuradores da República ficaram loucos quando viram essa notícia, pois segundo eles, o bingo no Brasil serve como fachada para lavagem de dinheiro para o crime organizado.

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É impressionante como o noticiário político está cada vez mais próximo do policial. Essa pode ser a ponta de um iceberg terrível. Os prejuízos políticos do PT em ano eleitoral serão evidentes. E num país sério, José Dirceu estaria demitido. Afinal, é muito pouco provável que Dirceu não saiba do que o Waldomiro andava fazendo.

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No entanto, o mais impressionante é a resposta do PT. Outrora tão combativo para formar CPIs, o governo do PT quer esvaziar o assunto. Já chegou a ameaçar reabrir investigações sobre o financiamento de campanhas dos partidos oposicionistas, no melhor estilo "não vem não que vcs também têm rabo preso". Para um governo de amadores, o PT está aprendendo rápido. Sabe que, em política, a melhor defesa é o ataque. Esse papinho de transparência e ética, cada vez mais parece mais inócuo, virando apenas discurso para boi dormir, ou melhor, pra agitar a militância mais ingênua.

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Para os que gostam de cultivar a memória nacional, gostaria de lembrar que Collor foi retirado do poder por causa de problemas com financiamento de campanha (e os famosos restos da caixinha de campanha). Não me recordo, no entanto, de Collor ter envolvimento com bicheiros. Talvez porque para Collor, um afetado com espírito de novo-rico, bicheiros não tinham o glamour primeiro-mundista que tanto queria impregnar a sua presidência. A turma de Lula, arauta da filosofia zecapagodiana, não teria esse preconceito. O senhor Magela que o diga... "Deixa a vida me levar..."

AUSTIN, TEXAS...

O fim de semana no Texas foi ótimo. Gostei muito da conferência, dos participantes, do interesse pelo Brasil (como eu sempre digo: o Brasi está na moda), e também da cidade Austin. O campus é agradável e imenso. Aliás, a Universidade do Texas é gigante em qualquer aspecto que se fale. Só para se ter idéia, a UT tem 50 mil alunos, 20 mil a mais do que Berkeley, que já é uma universidade conhecida por ter muitos alunos.

Quando estive no Texas, tudo de estranho aconteceu no clima. Chuveu granizo e, pela primeira vez depois de quinze anos, nevou em Austin. Exatamente na noite anterior a apresentação do meu paper. Na hora da minha apresentação, cheguei até fazer uma piada, dizendo que a neve era a pre-figuração do dilúvio que viria de minhas palavras. Talvez por ser cedo demais, ninguém riu da minha piada...:o))

Voltei cansado, irado com a incompetência da Continental, que me deixou plantado no aeroporto de Houston, esperando um vôo para S. Francisco. Pois bem, fiquei lá, admirando a estátua de George Bush. O aeroporto de Houston chama-se George Bush International Airport. Em homeagem ao pai do presidente americano. Esse é o lado "Bahia-ACM" do Texas.

Austin é uma cidade interessante. Apesar de pequena, é uma cidade que parece fervilhante. Talvez por ser a capital e ser a sede da principal universidade do estado. Política e juventude é uma combinação boa para movimentar as coisas e as idéias.

Mas a diferença em relação a Berkeley, é que Berkeley está numa conglomerado urbano. Fica ao lado de San Francisco, vizinha a Oakland, além de estar a um pulo de S. José. Já Austin está cercada pelo "Bible belt", aquelas cidades cheias de fundamentalistas cristãos que tem uma visão muito monolítica das coisas.


quinta-feira, fevereiro 12, 2004

TEXAS, HERE WE GO...

Depois de sete (!!!) anos voltarei ao Texas, terra do senhor Bush. Amanhã estarei pegando o avião para Austin, para minha conferência lá na Universidade do Texas. Estou dando os últimos retoques no paper. Meu amigo Ram sempre falou muito bem de Austin. Como estarei lá hospedado na casa de estudantes da UT, acho que dará para conhecer a cidade de uma forma não tanto turística.

É isso. Próxima semana eu volto aqui pro blogue. Para contar as novidades.

sexta-feira, fevereiro 06, 2004

E finalmente acabei o segundo capítulo da minha dissertação. Não deixou de ser um momento poético. Quando dei meu ponto final, a música de fundo era as Bachianas Brasileiras de Villa-Lobos (n.5), que estava sendo tocada na rádio de música clássica aqui de Berkeley. Pois bem, não sei se a vida imita a arte, mas às vezes ela bem que imita os enredos dos filmes B de Hollywood.

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Jorge Wilheim, famoso urbanista brasileiro e assessor da sra. Suplicy na prefeitura de S. Paulo, está aqui em Berkeley como professor-visitante, na cátedra Rio Branco. Deu uma palestra sobre a cidade de São Paulo. A sala estava lotada. É impressionante o interesse pelo Brasil. O Brasil está na moda.

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Por falar em estar na moda, Cidade de Deus está passando em vários cinemas aqui dos Estados Unidos, por causa da indicação ao Oscar. O frenesi todo causado pelas quatro indicações ao Oscar mostra um pouco dessa relação amor-e-ódio que é a do Brasil com os Estados Unidos. De um lado, somos tão antiamericanos, às vezes de um jeito infantil, como pode ser visto nessa questão das digitais,visto, dedadas.... Doutro lado, ficamos todos ansiosos para receber a chancela do Tio Sam, como no caso do Oscar. Não duvido nada que no dia da entrega do prêmio da "Academia" haja torcidas organizadas para Cidade de Deus.

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Recebi o programa da conferência que eu vou, no Texas. Fiquei alegre pelo fato de ter vários brasileiros nessa reunião. A maioria do Rio Grande do Sul. E, ainda mais, mulheres. Não dá pra reclamar, né? Há uma garota de Harvard que vai apresentar um trabalho sobre forró e identidade nacional. Enfim, a conferência deve ser interessante por vários outros motivos, além dos citados aqui. O único problema é que minha apresentação será no sábado às oito e meia da manhã!!! Que castigo, viu? Tem que ajeitar o despertador...

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Hoje recebi uns deliciosos chocolates suiços dados por minha tia. Uma belíssima surpresa (Merci beaucoup, tante Eunice...).

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Pra quem reclamava de monotonia, até que meus últimos dias foram mais agitados.

domingo, fevereiro 01, 2004

MAIS DO MESMO

Já faz tempo que não escrevo no blogue. Mas o mundo continua o mesmo. A vida continua de sempre. Há algo de muito monótono na vida universitária. Os passos são lentos. E apenas são percebidos quando se tem uma visão maior do conjunto. A universidade é sem dúvida uma instituição medieval. Parecida com monastérios seculares, tamanha é a dedicação das pessoas a assuntos que só são valorizados e ganham peso apenas ali. Escrever uma dissertação é então um processo peculiar. Hoje me sinto um especialista precoce. Minha conversa é monotemática. Enquanto o mundo fervilha, eu vou dormir pensando em detalhes de pesquisa, em parágrafos que poderiam ser melhores redigidos e assim por diante.

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